sexta-feira, 18 de novembro de 2011

""NÃO TEM, NÃO DÁ, NÃO PODE""




Escrito por Luiz Marins
Pergunto à balconista se na loja tem tal produto. Ela diz: "não tem". Pergunto ao eletricista se dá para colocar uma tomada extra junto à geladeira. Ele diz: "não dá". Pergunto ao advogado se tal coisa pode ser feita. Ele diz: "não pode".
Já recebi muitos "não tem, não dá e não pode" que tinham, davam e podiam. De preguiça de procurar o produto no estoque, o balconista diz que não tem. De preguiça de arrastar a geladeira, subir no forro e puxar a dita tomada, o eletricista diz que não dá, que a rede não suporta a carga. De preguiça de consultar a jurisprudência, o advogado diz que não pode. Se batermos o pé e ficarmos firmes em nossa decisão, vemos que não era bem assim. "Ter, tem", me disse o balconista, "mas está lá no alto...". "Que dá, dá", me disse o eletricista, "mas o seu forro é baixo demais". "Poder, pode", me disse o advogado, "mas eu não conheço bem a legislação trabalhista".
Todas as vezes que alguém lhe disser não tem, não dá e não pode, desconfie e confira. Pergunte novamente e insista e você verá que muitas vezes tem, dá e pode.
A maneira mais fácil de fugir de uma responsabilidade ou de um serviço é dizer não. E você conhece as dezenas de variantes destes não tem, não dá e não pode. É a secretária que diz que já ligou centenas de vezes e não encontrou a pessoa. É o motorista que diz que não dá tempo de fazer a entrega naquele dia. É a costureira que diz que é impossível fazer aquela barra de saia. É o dentista que diz que aquele seu dente, só extraindo mesmo. É o médico que afirma que isso é caso de cirurgia e não tem outro jeito. É o mecânico que diz que o motor de seu carro está fundindo e que não pode fazer nada e o auto-elétrico que diz que aquela lâmpada queimada de seu carro não existe mais. Será??
É sempre mais fácil dizer não tem, não dá, não pode, assim como os famosos não sei, não vi, não conheço, não estava lá, não é da minha alçada, não é da minha área ou do meu departamento.
Será que não estamos sendo vítimas de pessoas pouco comprometidas em solucionar nossos problemas, simplesmente dizendo não tem, não dá, não pode? Será que em nossa própria empresa isso acontece? Será que nós próprios não dizemos não tem, não dá, não pode, quando o tem, o dá e o pode exigem muito trabalho e um comprometimento extra?
Pense nisso. Sucesso!"
A cultura de uma sociedade é mais complexa do que a simples soma dos comportamentos de cada indivíduo, mas não resta dúvida que o modo com que cada um de nós encara sua responsabilidade social impacta o comportamento e os resultados na realidade local, regional e global. A partir do texto proposto, disserte sobre o que você poderia fazer para contribuir na construção de uma realidade social em que a postura cidadã predomine.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

URGÊNCIA DE UM ÉTHOS MUNDIAL: O ÉTHOS MUNDIAL DE QUE PRECISAMOS.




"""UM HOMEM DE MORAL NÃO FICA NO CHÃO, LEVANTA, SACODE A POEIRA E DÁ A VOLTA POR CIMA"""






Urgência de um éthos mundial: o éthos mundial de que precisamos
Boff, 2000

Aduzir: apresentar;
Robotização: emprego de robôs na produço industrial;
Status: (palavra latina), posição social: lugar ocupado por um sujeito na sociedade: prestígio.
Civilizatório: determinante de civilizaço;
Plasmadora: modeladora;
Demiurgo: segundo Platão, é o artesão divino ou o princípio organizador do universo.
Axial: essencial, fundamental;
Alteridade: natureza ou condição do que é distinto;
Biótica: que é própria da vida, das funções e das qualidades dos seres vivos.
Domininium mundi: domínio do mundo;
Tecnociência: conhecimentos específicos tratados com organização específica e com profundidade quanto aos procedimentos, instrumentos e objetos do saber;
Homo sapiens: nome científico da espécie humana, como a conhecemos hoje;
Sinergética: que coopera, cooperativa;
Sustentabilidade: possibilidade de amparo, apoio, proteção, fortificação;
Estados-nações: divisão política, administrativa e territorial entre países.
Phátos: sentimento de compaixão ou empatia criados no texto;
Promanar: brotar, provir, dimanar;
Generacionista: relativo a generacionismo, espiritualista.

Três problemas suscitam a urgência de uma ética mundial:
a crise social, a crise do sistema de trabalho e a crise
ecológica, todas de dimensões planetárias.

Problemas globais, soluções globais

Em primeiro lugar, a crise social. Os indicadores são notórios e não
precisamos aduzilos. A mudança da natureza da operação tecnológica,
mediante a robotização e a informatização, propiciou uma produção
fantástica de riqueza. Ela vem apropriada, de forma altamente desigual,
por grandes corporações transnacionais e mundiais que aprofundam ainda
mais o fosso existente entre ricos e pobres. Essa acumulação é
injusta, porque pessimamente distribuída. Os níveis de solidariedade
entre os humanos decaíram aos tempos da barbárie mais cruel.

Tal fato suscita um fantasma aterrador: uma bifurcação possível dentro
da espécie humana. Por um lado, estrutura-se um tipo de humanidade
opulenta, situada nos países centrais, que controla os processos
técnico-científicos, econômicos e políticos e é o oásis dos países
periféricos onde vivem as classes aquinhoadas. Todos esses se
beneficiam dos avanços tecno-científicos, da biogenética e da manipulação
dos recursos naturais e vivem em seus refúgios por cerca de 120/130 anos,
tempo biológico de nossas células. Por outro, a velha humanidade, vivendo
sob a pressão de manter um status de consumo razoável ou simplesmente na
pobreza, na marginalização e na exclusão. Estes, os deserdados e destituídos,
vivem como sempre viveu a humanidade e alcançam no máximo a média de
60-70 anos de expectativa de vida.

Em segundo lugar, a crise do sistema de trabalho: as novas formas de
produção cada vez mais automatizadas dispensam o trabalho humano; em
seu lugar, entra a máquina inteligente. Com isso, destroem-se postos de
trabalho e tornam-se os trabalhadores descartáveis, criando um imenso
exército de excluídos em todas as sociedades mundiais.

Tal mudança na própria natureza do processo tecnológico demanda um
novo padrão civilizatório. Haverá desenvolvimento sem trabalho.
A grande questão não será o trabalho — este, no futuro, poderá ser
o luxo de alguns —, mas o ócio. Como passar de uma sociedade de pleno
emprego para uma sociedade de plena atividade que garanta a subsistência
individual? Como fazer com que o ócio seja criativo, realizador das
virtualidades humanas? Libertado do regime assalariado a que
foi submetido pela sociedade produtivista moderna, especialmente
capitalista, o trabalho voltará à sua natureza original: a atividade
criadora do ser humano, a ação plasmadora do real, o demiurgo que
transporá os sonhos e as virtualidades presentes nos seres humanos em
práticas surpreendentes e em obras expressivas do que seja e do que pode
ser a criatividade humana. Estamos preparados para esse
salto de qualidade rumo à plena expressão humana?

Em terceiro lugar, emerge a crise ecológica. Os cenários também são
de amplo conhecimento, divulgados não apenas por reconhecidos
institutos de pesquisa que se preocupam com o estado global da Terra,
mas também pela própria Cruz Vermelha Internacional e por vários
organismos da ONU. Nas últimas décadas, temos construído o princípio da
autodestruição.
A atividade humana irresponsável em face da máquina de morte que criou
pode produzir danos irreparáveis à biosfera e destruir as condições de vida dos
seres humanos na Terra. Numa palavra, vivemos sob uma grave ameaça de
desequilíbrio ecológico, que poderá afetar a Terra como sistema integrador
de sistemas. Ela é como um coração. Todos os demais organismos vitais serão
lesados: os climas, as águas potáveis, a química dos solos, os microorganismos
e as sociedades humanas.
A sustentabilidade do planeta, urdida em bilhões de anos de trabalho
cósmico, poderá desfazer-se. A Terra buscará um novo equilíbrio que,
seguramente, acarretará uma devastação fantástica de vidas. Tal princípio
de autodestruição convoca urgentemente outro: o princípio de
co-responsabilidade por nossa existência como espécie e como
planeta. Se queremos continuar a aventura terrenal e cósmica, temos de
tomar decisões coletivas que se ordenam à salvaguarda do criado e à
manutenção das condições gerais que permitam a evolução seguir seu curso
ainda aberto.

A revolução possível em tempos de globalização

A causa principal da crise social se prende à forma como as
sociedades modernas se organizaram no acesso, na produção e na distribuição
dos bens da natureza e da cultura. Essa forma é profundamente desigual,
porque privilegia as minorias que detêm o ter, o poder e o saber, sobre
as grandes maiorias que vivem do trabalho. Em nome de tais títulos se
apropriam de maneira privada dos bens produzidos pelo empenho de todos.
Os laços de solidariedade e de cooperação não são axiais, mas o
são o desempenho individual e a competitividade, criadores permanentes de
apartação social com milhões e milhões de marginalizados, de excluídos
e de vítimas.
A raiz do alarme ecológico reside no tipo de relação que os humanos,
nos últimos séculos, entretiveram com a Terra e seus recursos: uma relação
de domínio, de não reconhecimento de sua alteridade e de falta de cuidado
necessário e do respeito imprescindível que toda alteridade exige.
O projeto da tecnociência, com as características que possui hoje,
só foi possível porque, subjacente, havia a vontade de poder e de estar
sobre a natureza e não junto dela, porque se destruiu a consciência de uma
grande comunidade biótica, terrenal e cósmica, na qual se encontra inserido
o ser humano, juntamente com os demais seres.
Essa constatação não representa uma atitude obscurantista em face
do saber científicotécnico, mas uma crítica ao tipo de saber científico-técnico
e à forma como ele foi apropriado dentro de um projeto de dominium mundi.
Este implica a destruição da aliança de convivência harmônica entre
os seres humanos e a natureza, em favor de interesses apenas utilitaristas
e parcamente solidários. Não se teve em conta a subjetividade, a autonomia
e a alteridade dos seres e da própria natureza.
Importa, entretanto, reconhecer que o projeto da tecnociência
trouxe incontáveis comodidades para a existência humana. Levou-nos para o
espaço exterior, criando a chance de sobrevivência da espécie Homo
sapiens/demens em caso de eventual catástrofe antropológica.
Universalizou formas de melhoria de vida (na saúde, na habitação,
no transporte, na comunicação, etc.), como jamais antes na história humana.
Desempenhou, portanto, uma função libertadora inestimável. Hoje,
entretanto, a continuação desse tipo de apropriação utilitarista e
anti-ecológica poderá alcançar limites intransponíveis e daí
desastrosos. Atualmente, para conservar o patrimônio natural e cultural
acumulados, devemos mudar. Se não mudarmos de paradigma civilizatório,
se não reinventarmos relações mais benevolentes e sinergéticas com a
natureza e de maior colaboração entre os vários povos, culturas e religiões,
dificilmente conservaremos a sustentabilidade necessária para realizar
os projetos humanos, abertos para o futuro e para o infinito.
Para resolver esses três problemas globais, dever-se-ia, na verdade,
fazer uma revolução também global. Entretanto, assim nos parece, o tempo
das revoluções clássicas, havidas e conhecidas, pertence a outro tipo de
história, caracterizada pelas culturas regionais e pelos estados-nações.
Para tal revolução global, far-se-ia necessária uma ideologia
revolucionária global, com seus portadores sociais globais que tivessem
tal articulação, coesão e tanto poder que fossem capazes de se impor a
todos. Ora, tal situação não é dada nem possivelmente
dar-se-á aproximamente. E os problemas gritam por um encaminhamento,
pois sem ele poderemos ir de encontro ao pior. A saída que muitos
analistas propõem e que nós assumimos - é a razão de nosso texto, é
encontrar uma nova base de mudança necessária. Essa base deveria
apoiar-se em algo que fosse realmente comum e global, de fácil compreensão
e realmente viável. Partimos da hipótese de que essa base deve ser ética,
de uma ética mínima, a partir da qual se abririam possibilidades de
solução e de salvação da Terra, da humanidade e dos desempregados estruturais.

Nessa linha dever-se-á, pois, fazer um pacto ético, fundado não tanto na
razão ilustrada, mas no páthos, vale dizer, na sensibilidade humanitária
e inteligência emocional expressas pelo cuidado, pela responsabilidade
social e ecológica, pela solidariedade generacionista e pela compaixão,
atitudes estas capazes de comover as pessoas e movê-las para uma nova
prática histórico-social libertadora. Urge uma revolução ética
mundial.

Tal revolução ética deve ser concretizada dentro da nova situação
em que se encontram a Terra e a humanidade: o processo de globalização
que configura um novo patamar de realização da história e do próprio
planeta. Nesse quadro, deve emergir a nova sensibilidade e o novo
éthos, uma revolução possível nos tempos da globalização.

Por éthos, entendemos:

O conjunto das inspirações, dos valores e dos princípios que
orientarão as relações humanas para com a natureza, para com a
sociedade, para com as alteridades, para consigo mesmo e para com o
sentido transcendente da existência: Deus.
Como veremos ao longo de nossas reflexões, esse éthos não nasce
límpido da vontade, como Atena nasceu toda armada da cabeça de Júpiter.
Mas toda ética nasce de uma nova ótica. E toda nova ótica irrompe a
partir de um mergulho profundo na experiência do Ser, de uma nova percepção
do todo ligado, religado em suas partes e conectado com a Fonte originária
donde promanam todos os entes.

BOFF, Leonardo. Éthos mundial. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2000.







sábado, 4 de junho de 2011

QUAL A SUA PARTICIPAÇÃO NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

Por kramos, http://verde.br.msn.com/, Atualizado: 4/6/2011 0:07
Qual a sua participação no Dia Mundial do Meio Ambiente?



Brasil: fonte inesgotável de água? Nem tanto
A primeira ação de conscientização ambiental, realizada há 39 anos, em Estocolmo, por iniciativa da ONU se tornou o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho). Essa data, antes de remeter à preservação da natureza, se refere principalmente à conscientização do uso racional dos nossos recursos naturais a fim de garantir a manutenção do nosso planeta. Hoje, é cada vez mais importante ter ciência de que atitudes sustentáveis visam preservar a própria existência humana, afinal, o mundo é a nossa casa.

Meio Ambiente no Brasil

O Brasil, apesar de ser uma potência ambiental, ainda tem muito à aprender, pois o cenário não é dos melhores: desmatamento, tragédias naturais geradas pelo crescimento desmedido em conjunto com a falta de planejamento público entre outros problemas sérios, refletem a falta de um real engajamento do país, mesmo diante de tantas mudanças climáticas sinalizando a importância de tais medidas. Por tudo isso, o Dia Mundial do Meio Ambiente se torna o momento ideal para multiplicar ações que possam contribuir para a mudança dessa realidade imediatamente. Se informar a respeito das políticas públicas sobre o meio ambiente, questionar as atividades que ajudam a piorar o quadro atual e adotar atitudes sustentáveis na rotina individual são posições que devemos ter perante a nossa sociedade. E essa educação começa em casa.

Embora sejamos um país rico em recursos naturais, os problemas que enfrentamos se deve a um mau planejamento e falta de educação quanto ao seu uso. A água é um deles. Embora tenhamos uma das maiores reservas de água potável no mundo, desperdiçamos cerca de 40% dela, destinada ao consumo humano. Portanto, o uso racional de água é uma das mudanças mais importantes a ser incorporada no cotidiano do brasileiro.

Veja também: Dia Mundial do Meio Ambiente: como mudar de estilo de vida?

Ver todos
123Próximo >

domingo, 15 de maio de 2011

DICAS PARA APRESENTAR UM BOM SEMINÁRIO







KLICK EDUCAÇÃO - Estudantes/Dicas para Estudar/Como fazer seminário


Conteúdo para estudantes  
Dicas para um bom seminário

Veja as dicas dos fonoaudiólogos, coordenadores de escola e professores para você se sair bem durante a apresentação de seu trabalho. Mas, atenção: as dicas só vão ajudar se você estiver dominando bem o assunto. Por isso, antes de começar a se preocupar com a forma do seminário, faça uma boa pesquisa e certifique-se de que você entendeu o assunto.



Para quando você estiver diante do público

• A posição ereta em pé é a mais indicada.
• Deixar as mãos livres para que os gestos apareçam.
• Manter o ângulo do queixo em 90 graus para
facilitar a fala.
• Sempre tenha a mão uma garrafinha de água. Falar sob tensão dá mais sede ainda.
• O nervosismo e a ansiedade deixam a respiração mais curta. Por isso, quando estiver apresentando o seminário, procure usar frases curtas.
• No caso de seminários em grupo, a mudança de orador de tempos em tempos pode ajudar a manter a platéia acordada.
• É importante terminar o seminário no tempo previsto.


Prepare-se para a hora H


• Planeje sua fala em função do tempo que você tem para expor o conteúdo.
• Durma de 8 a 10 horas na noite anterior à apresentação. Estar descansado é fundamental para uma boa performance.
• Antes da apresentação, faça uma refeição leve sem muitos derivados de leite. A ingestão desses alimentos engrossa a saliva, que passa a pesar sobre
as cordas vocais.
• Use roupas leves que não apertem a cintura e o pescoço para não atrapalhar a respiração. Os sapatos devem ser confortáveis.
• Pela manhã a voz fica mais grave e se confunde facilmente com os ruídos. Por isso, se o seminário for de manhã, faça alguns exercícios de voz. Vibrar a língua e abrir e fechar a boca são exercícios que ajudam a melhorar a voz.


O que você não deve fazer antes da apresentação

• Não use projetor de slides, videocassete e outros materiais de apoio sem testá-los antes.
• Não deixe para fazer o trabalho na noite anterior porque você não se sentirá seguro em relação a sua qualidade e isso o deixará ainda mais nervoso na frente da classe.
• Não beba muita água para não ficar com vontade de ir ao banheiro no meio da apresentação.
• Não coma chocolate, porque engrossa a saliva e esta passa a pesar sobre as cordas vocais.
• Não tome refrigerante porque o gás da bebida pode atrapalhar na hora da fala.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxXXXXXXXXXXXXXXXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


          Dicas para apresentar um seminário (ou TCC, AM, etc)



Já participei de várias apresentações de TCC e seminários, seja na banca ou como espectador, e realmente fico frustrado com o nível das apresentações que são feitas por alunos brasileiros. É sabido que nosso ensino médio é fraco, porém, não justifica que pessoas cheguem a faculdade criando apresentações inaceitáveis, pois alguns itens vem do bom senso.
Quando você vê alunos europeus e americanos fazendo uma apresentação, é notável que os mesmos estão melhor preparados que os brasileiros. Na minha opinião isso vem da cultura deles, que desde cedo, são incentivados a se apresentarem, através de teatros na pré-escola, seminários, etc. Lá um seminário realmente é levado a sério, os alunos fazem pesquisa e se preparam tendo suporte para isso, os espectadores (alunos) não ficam dando risadinha das apresentações alheias.
Com base nestas tristes experiências, resolvi elaborar uma série de itens que os alunos devem ter em mente ao elaborar uma apresentação, vamos lá:
  • Seja objetivo e foque no ponto principal do seu projeto. Já vi muitas pessoas passarem o maior tempo falando do histórico de desenvolvimento de um projeto do que das características do projeto em si, e isso era o que mais interessava.
  • Vá com um traje adequado.
  • Celular: pelo amor do santo, desligue o celular, não deixe nem no vibrador.
  • Não enrole: Explique uma vez, não existe necessidade de repetição, se a banca avaliadora não entendeu, é por que você não foi claro, seja claro!
  • Obedeça ao tempo: verifique quanto tempo você terá para sua apresentação e não exceda o tempo limite. Ensaie com seu grupo antes.
  • Slides poluídos: Muito cuidado com os slides, algumas pessoas escrevem muita coisa neles. Não faça isso, figuras falam mais que mil palavras.
  • Ainda sobre slides: Cuidado com as cores e fontes. Colocar um fundo branco e fonte amarela por exemplo, não garante boa visualização.
  • Entregue algo para os avaliadores, por exemplo, imprima seus slides em miniatura com espaço para anotações e de uma cópia para os avaliadores, mas por favor, não escreva na capa: TRABALHO de X. Você está vendendo seu projeto, e não seu Trabalho.
  • Scorecards: É muito interessante criar uma página com um resumo de sua apresentação, pesquise por scorecards no google.
  • Postura: Fale olhando nos olhos da banca, não tenha medo, mas lembre-se, você não tem que apresentar olhando somente para a banca, olhe para todos na sala! Cuidado também com o tom e voz.
  • Gestos: Cuidado para não ficar se mexendo igual a um boneco de posto ou dançando a macarena, controle-se, pois você pode se tornar algo no mínimo hilário se ficar se movimentando muito.
  • Saiba o que está falando: Essa é a principal! Estude antes e esteja preparado para questionamentos, não pense jamais algo do tipo “ninguém vai me perguntar sobre o item X”.
  • Entenda e compre sua ideia, pois você dificilmente conseguirá vender uma ideia que você ainda não comprou.
  • Não tome um banho de perfume, perfume tende mais a atrapalhar do que ajudar. Se fuma, cuidado com o cheiro de cigarro.
  • Se for apresentar um dado, por exemplo: o banco de dados X é mais rápido que o Y, esteja pronto para a defender e cite suas referências.
  • Quando você está fazendo uma apresentação, a sala é sua! Se a turma está atrapalhando a apresentação, você deve chamar a atenção (educadamente) dos mesmos.
  • Apresentação não é hora para brincadeiras, no máximo, faça uma piadinha para descontrair, mas não transforme a apresentação num show de comédia standup.
Isso é tudo! Boa sorte nas suas próximas apresentações.



sábado, 19 de março de 2011

Preservação - O seu papel


Eis algumas coisas que você pode fazer para realmente evitar danos ao meio ambiente:
  • Não jogue óleos lubrificantes na sua rede de esgoto
Não fique tentado a trocar você mesmo o óleo do motor de seu carro e jogar o óleo velho no ralo. Este óleo vai chegar com certeza a um rio e em segunda instância, ao mar, podendo causar muitos danos. Entre eles a morte de plânctons, mariscos, mamíferos e aves marinhas.
Os postos de gasolina encaminham periodicamente os resíduos provenientes das trocas de óleo de volta às refinarias, onde são processados em outros produtos (graxa, por exemplo). Se você trocar seu óleo em casa, guarde o óleo velho e o entregue num posto de gasolina.
Estima-se que 90% do óleo que polui os mares tem origem no continente (restos industriais e municipais), contribuindo os navios para os outros 10%, sendo que destes a maior parte vem da lavagem dos tanques e liberação de lastros de óleo e não de acidentes com vazamentos, como se poderia supor. Na realidade os grandes vazamentos de óleo, embora catastróficos, no total respondem por uma quantidade muito pequena da poluição marítima por óleo. 
  • Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente.
Certifique-se de que o lixo que você está depositando será devidamente encaminhado. Se não houver um programa de coleta no local onde você estiver (um camping numa região afastada, por exemplo), provavelmente o lixo será enterrado ou incinerado em condições desfavoráveis. Nesse caso, o melhor a ser feito é guardar todo o lixo não biodegradável (plásticos, vidros) e no caminho de volta deixá-lo em uma cidade.
O plástico tem uma alta durabilidade e embora não ofereça perigo químico por produtos de sua degradação, constitui um grande problema no sentido de ser confundido com alimento pelos animais marinhos. Com frequência mamíferos e aves marinhos, além de tartarugas, alimentam-se com pedaços de material plástico (sacolas) e não raro morrem em decorrência disso.
Outro problema envolvendo material plástico é o causado por redes de pesca velhas que são descartadas no mar, que oferecem perigo para mamíferos marinhos que ficam presos nessas redes até a morte.
Uma curiosa exceção: na cidade de Mongaguá (SP) há uns 12 anos mais ou menos, foi realizado um projeto para favorecer a procriação de peixes na região próxima ao píer, frequentado por pescadores. Tal projeto envolvia nada menos do que o lançamento dentro da água de vários fardos de pneus velhos amarrados uns aos outros, formando ninhos para os peixes.  
  • Outros produtos nocivos à vida marinha:
Detergentes com fosfatos
Fertilizantes
Cloro 
  • Evite comprar produtos cuja produção esteja ligada à extração não renovada
Evite comprar móveis feitos com madeiras de lei (mogno, por exemplo), a não ser que se tenha certeza que a matéria-prima foi proveniente de áreas de extração controlada e renovada.
Não compre em hipótese alguma espécimes silvestres, vegetais ou animais, pois não há nenhum tipo de controle sobre esse tipo de extração. Vale lembrar que a posse de espécimes silvestres atualmente é considerada crime inafiançável.
  • Não contribua diretamente para o desmatamento
Se possuir uma propriedade com mata original, preserve-a ao máximo, especialmente em se tratando de matas ciliares (nas margens de cursos e reservatórios de água).
Queimadas, evidentemente, são intensamente destrutivas no sentido de que eliminam a cobertura vegetal original, cujas folhas caducas constituem uma importante fonte de matéria orgânica para o solo. Assim sendo, o que estraga o solo não é a ação direta do calor, e sim a eliminação da fonte de matéria orgânica.
Há diversos motivos para não se acender uma fogueira, mas é bom saber que elas não "matam" o solo, uma espécie de crendice entre algumas pessoas. Na realidade em locais onde foram acesas fogueiras anteriormente o que se vê é um solo totalmete recuperado, indistinguível do restante da área. Caso a fogueira seja imprescindível deve-se tomar cuidado para que o fogo não se alastre, mantendo uma fogueira de pequenas dimensões, facilmente controlável. Lembrar-se também de sempre apagar a fogueira completamente após seu uso. 
  • Economia dos recursos naturais
Um dos grandes problemas atuais é a administração das fontes de água e energia (eletricidade, combustíveis), e tudo o que se fizer no sentido de economizá-las é efetivamente uma ação de preservação.



Prof. Sebastião P. Faustino
www.profsebastiaofaustino.blogspot.com